Centenas de servidores protestaram
durante todo o dia desta quinta-feira, 20, contra os projetos de Lei nº 09 e
10, que impõe a “minirreforma do plano de cargos e salários e Estatuto do
Servidor. Tramitando na Câmara de Vereadores, os projetos já receberam o
parecer favorável das comissões, e preocupa ainda mais todas as categorias do
funcionalismo público.
A movimentação e mobilização sindical
iniciou pela manhã, com a adesivação de carros e a manifestação pacífica em
frente ao espaço de eventos Fortiori e ao novo prédio do Fórum Tarcílio Vieira
de Melo. Com cartazes, faixas e adesivos, os servidores chamaram a atenção do
governador Rui Costa, pedindo a abertura do diálogo com o prefeito municipal,
solicitando a retirada do projeto para que todos os sindicatos e servidores
possam participar das discussões que alteram, revogam e anulam direitos
adquiridos dos servidores civis e magistério.
A tarde, na inauguração do CICOM e
DISEP nas proximidades do HO, mais uma vez os servidores participaram, clamando
com frases e pedindo que o governo municipal dialogue com a categoria. O
governador Rui Costa em seu pronunciamento citou a importância do funcionalismo
público e frisou que o melhor caminho é abrir o canal de discussão e interação.
A chefe do Ministério Público da Bahia, promotora Ediene Lousado também
enfatizou que a luta sindical é importante e que deve haver sempre ajustes em
consenso, para que ambos os lados caminhem em harmonia.
Ainda se pronunciaram a favor dos
servidores municipais, a presidente do tribunal de Justiça da Bahia,
desembargadora Maria do Socorro Barreto e o deputado estadual Antonio Henrique
Junior. As presidentes do Sindsemb, Carmelia da Mata e a presidente do
Sinprofe, Arizangela Farias, consideraram o protesto como positivo e que
demonstra a força da categoria, que não aceita as condições impostas pelo
executivo municipal.
“ Mais um dia de luta, de união e
força. Reunimos os servidores e fomos solicitar que tenhamos voz nesse
processo, porque tudo esta acontecendo como se não tivéssemos valor para a
administração pública. Pedimos nenhum direito a menos, pedimos diálogo, pedimos
comissões para discutir os projetos, pedimos respeito e dignidade. Essas
imposições que retiram os direitos do funcionalismo público afetará as
famílias, o comércio e toda cidade”, disse a presidente Carmelia.
Agora os servidores aguardam um
posicionamento de diálogo com a gestão pública municipal, evitando assim que
seja instaurado movimento grevista.
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